Pois é… Estou oficialmente contratado por tempo indeterminado pela APCEF/RS, a Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal do Rio Grande do Sul, e desde o início de novembro estou cheio de coisas para fazer com o novo servidor que a associação comprou.
Trata-se de um Dell PowerEdge T310 com processador Xeon QuadCore, 4 GiB de RAM, dois discos de 500 GiB em Raid e quatro interfaces de rede Gigabit Ethernet. Confesso que não é a máquina mais poderosa com a qual já trabalhei, mas, com certeza, é a máquina poderosa com a qual a APCEF/RS já trabalhou.
Assim que a recebemos, instalei um Debian Lenny x86_64 e iniciei as configurações de um servidor Samba simples. A idéia se modificou durante o mês de novembro e acabou se tornando um servidor de dados completo, sendo o principal servidor da empresa.
Meu prazo de entrega era no dia 20/11, mas devido a uma confusão e alguns eventos que precisavam de atenção especial de criação gráfica, a migração final atrasou em uma semana, sendo migrado neste último fim de semana. E aí chegamos ao título desta postagem.
Uma migração nunca é simples e, de maneira alguma, é simplesmente virar uma chave e tudo está funcionando no novo servidor. Por isso não se faz uma migração anual. Quando se prepara um servidor é para ficar durante anos… no meu caso, pelo menos 5 anos. Não que acredite que a máquina se manterá top por tanto tempo, mas acredito que se deve utilizar todo o tempo de vida da mesma a serviço da empresa, antes de poder passar por uma nova situação desta.
O problema maior desta situação é o momento em que ocorreu… Explico: um administrador de redes recém chegado, especialista em infra-estrutura de redes, encontra uma rede que está funcionando de maneira aceitável e decide que é necessário melhorar. Isso já é motivo para criar tensão entre os colegas. Mas para piorar, a migração muda levemente o fluxo de trabalho, facilitando para alguns e gerando incômodo temporário para outros.
Mas pessoas que usam a informática muitas vezes não percebem que a situação incômoda é temporária e que após esse momento o sistema torna-se mais estável e confiável. E aí surgem problemas de relacionamento… Bochichos sobre a pessoa e sua competência, veneninhos que se espalham como baratas pelo ambiente, escondidas e maliciosas, que podem derrubar um profissional competente que ainda não tem a confiança da diretoria.
Felizmente não foi o meu caso. Em apenas 3 meses consegui cativar um nível de confiança da diretoria que permite que tais incômodos não sejam um empecílio para a manutenção de meu cargo. Também devo acrescentar que nesse trabalho estou bem assessorado com um colega que ajuda muito na pronta solução de dificuldades e com apoio junto à diretoria.
Nos últimos 3 dias, passei a maior parte do tempo arrumando configurações em máquinas, acertando coisas que todos precisavam com muita urgência, pulando de máquina em máquina acertando a prioridade de cada um. Não foram dias fáceis… mas quem disse que seriam, né?