2012 será o fim…

da inovação na informática

Muitos profetas viram o fim dos tempos. Trata-se de uma constante em praticamente todas as religiões, em todas as culturas, em todos conceitos de vida. Isso acontece porque a vida é cíclica e, assim, tem um início, um meio e um fim. As teorias são muitas e diversificam muito de religião para religião, de cultura para cultura. Estudiosos têm se debruçado sobre o tema e estão vendo uma convergência em nossos tempos. A essa convergência é dado o nome de “Efeito Nostradamus“.

Nostradamus foi um profeta francês do século 14 que em suas profecias viu o fim dos tempos depois de duas guerras mundiais, em um período de um papa fraco que substituiu um papa muito forte e idolatrado. Pela profecia não se consegue saber exatamente o momento histórico em que ocorre, mas podemos dizer que só por ter visto as duas guerras mundiais quase 5 séculos antes deles acontecerem dá muitos créditos ao homem.

Estamos em 2011, e alguns estudiosos calcularam que as profecias do francês ocorreriam em 2012… Esse mês comecei a me preocupar…

Nunca achei que o que Nostradamus viu seria o fim de tudo, mas sim o fim do mundo como o conhecemos. Assim, o mundo mudaria muito… Me arrisco a dizer que já aconteceu… E não foi em um ano, mas em 50 anos.

Nesses últimos 50 anos tivemos uma revolução no mundo. Os computadores evoluíram de ábacos à supercomputadores quânticos. Realmente, quem nasceu no início do século 20 já não reconheceria mais o mundo do século 21, e grande parte dessa grande mudança ocorrida se deve a pessoas revolucionárias, inovadoras, criativas acima de tudo, com soberba de acharem que podem mudar a vida dos seres humanos e coragem para fazê-lo de fato.

Um desses grandes revolucionários foi Steve Jobs, o fundador da Apple, criador do Machintosh, do iMac, do iPhone, do iPod, do iPad… Steve era um cara terrível como patrão, pois fazia seus funcionários trabalharem até duas semanas ininterruptamente e uma parte de sua história (cerca de 1/3) é retratada no filme “Piratas do Vale do Silício”, de 1999:

Outro grande visionário, que inclusive permitiu que Jobs se tornasse a grande figura que é, foi Dennis Ritchie, pai da linguagem de programação C (que posteriormente evoluiu para C+, C++ e C#). Se você está vendo essa página, seja qual for seu navegador de internet ou sistema operacional que utiliza, deve agradecer à criação de Dennis. A linguagem C é, ainda hoje, a base do núcleo de qualquer sistema operacional.

Como se não bastasse, Ritchie também foi co-criador do sistema operacional Unix, sistema que serviu de base para o Projeto GNU, e por sua vez, é a base de qualquer sistema GNU/Linux. Portanto, se existe Software Livre e/ou Proprietário, hoje em dia, tudo começou com um código fonte e um compilador… criado poe Dennis Ritchie. Digo isso porque o compilador C foi criado para proporcionar uma programação em um nível mais simples, no entanto, mantendo a velocidade e o poder das linguagens de baixo nível.

Outubro de 2011 fica marcado como o mês da morte desses dois ícones da informática mundial. A revolução da informática parece ter chegado ao fim, e a profecia de Nostradamus parece ter se concretizado. O mundo que esses dois proporcionaram é totalmente diferente do mundo que tínhamos a 50 anos, e não existe uma forma possível de comparação entre esses dois momentos.

Fiquemos tranquilos, portanto, pois o mundo não vai acabar… ele já acabou!

FISL, Debian GNU/Linux e meu Note

O FISL é realmente impressionante, uma grande festa de nerds loucos por software livre. Em grande parte uma gama infindável de hackers loucos por codificação. No entanto já foi diferente… A uns anos atrás o FISL atraia muitos nerds, mas também muitos ativistas políticos culturais e sociais.

Não é para menos que, entre os visitantes ilustres de FISLs anteriores, ninguém menos que Lobão, Gilberto Gil, Manuela D’ávila, Maria do Rosário e, lógico que não poderia me esquecer, o grande “presida” Lula já passou por aqueles carpetes da mostra de soluções livres.

Esse ano a grade de palestras foi mais “qualificada”, como gostamos de dizer. Houveram muitos comentários positivos sobre a qualidade das palestras e a grande gama de assuntos abordados. Talvez o comentário positivo em cima da grade venha justamente por esse FISL ter sido o Fórum Internacional Software Livre mais técnico de todos os tempos.

O pouco que vi, uma palestra que envolvia métodos de comunicação do software livre (e aqui está se falando de comunicação entre seres humanos e não telecomunicação), apresentado pela Rochelle Prass, percebi que o público deste ano estava mesmo muito técnico…

Bom… na noite anterior ao início do Fórum tomei vergonha e achei que seria muita falta de critério chegar lá com meu TPX200T rodando Window$ 7, então passei metade da madrugada instalando o Debian Squeeze em sua mais nova release (6.0r2.1)…

No final da instalação, nenhuma novidade… Nenhuma das maiores maravilhas deste note funcionavam… Mas não é que com alguma pesquisa encontrei uma configuração no Xorg que fez funcionar perfeitamente a tela de toque e a caneta com botão direito e tudo. No mesmo tutorial, encontrei como fazer um pequeno script que poderia colocar um dos botões da tela para “flipar” a tela e outro para rotacionar em 90°. Claro que com a junção de ambos se consegue qualquer posição de tela. O sistema não chegou a ficar redondinho, ainda, mas está bem próximo disto.

Agora você deve estar se perguntando: “Caraca, mano, esse cara tá maluco? O que tem o início deste texto a ver com o meio? Parece papo de doido…” Mas não é… A questão é toda por aí… O FISL se tornou muito técnico. Diria mais, extremamente técnico… Nerds fazendo evento para Nerds… Isso, de certa forma, me deixa um pouco chateado.

Círculos fechados são legais, mas se queremos que o Software Livre se torne algo UNIVERSAL (e aqui estou falando de universal como de uso para todos, acessível para todos), não é apenas criando ferramentas assistivas a baixo custo, mas falando SIM de política e filosofia… Muita política e MUITA filosofia.

Vejam por mim… O que me fez ir atrás de resolver todos os problemas do meu Debian no meu TPX200T não foi uma questão técnica: fazer ou deixar de fazer uma função, saber ou não saber como configurar, usar uma função convencional ou elaborar uma estruturação toda nova. Nada dessas coisas me convenciam que GNU/Linux funcionava na tecnologia de ponta que meu note tem. No entanto, uma questão POLÍTICA e FILOSÓFICA mudou totalmente a situação…

Precisamos, urgentemente, retomar a função filosófica, política e social do Software Livre para evitar que ele se torne apenas uma escolha barata para quem não quer pagar pela licença do tio Bill ou usar pirataria. Mesmo porque a mídia está adorando ligar os Crackers que estão saindo invadindo sites do governo com os ativistas do Software Livre.

Palestras filosóficas, debates políticos e temas sociais podem desvincular o Software Livre de criminosos digitais e vinculá-lo positivamente com o humanitarismo, pois eu acredito que ser socialmente justo, tecnologicamente viável e economicamente sustentável é sim ser humanitário. É conseguir aliar a tecnologia para quem precisa e de forma justa e sustentável, é ser HUMANO.

QRCode, que raio é isso?

Durante o 12º Fórum Internacional Software Livre (FISL12) deu muito o que falar, e um dos locais mais visitados pelos nerds mais nerds da feira foi o stand da Caixa, onde camisetas onde era impresso um QRCode, contendo o texto que o nerd quisesse, estavam sendo entregues a quem encontrasse um código “correto” em uma super coluna de QRCodes.

A brincadeira rendeu muitas visitas e olhares interessados, celulares apontando para a parede de QRCodes e solicitações aflitas por celulares emprestados de quem conseguiu encontrar uma camiseta rapidamente.

Mas QRCode não é exatamente uma novidade tecnológica… Na verdade é bastante antigo, tendo quase a mesma idade dos códigos de barras, mas com uma vantagem muito grande, pois permite colocar mais que um código de 25 dígitos numéricos.

QRCode permite um conjunto bem grande de dados compilados em um pequeno espaço de papel, que pode ser decodificado facilmente.

Vejam isso:
qrcode

O código assima tem um texto de 132 caracteres (UTF-8), mas poderiam ser até 250, sem problemas.

ThinkPad X GNU/Linux… Me dei por vencido…

Pode ser que eu esteja meio muito preguiçoso, mas o fato é que instalei o Ubuntu 11.04… Pelo que me falaram, seria muito fácil instalar, e tudo já estaria funcionando… Não foi o que encontrei e, sinceramente, não estava esperando que isso aconteceria.

Enfim, a verdade é que ando muito cansado de ter que ficar horas configurando, procurando pacotes, instalando, alterando scripts, mudando estrutura, acertando daqui, alterando dali… Ah!, não aguento mais isso…

Gosto do software livre, não deixei de acreditar que é a melhor solução, tecnicamente confiável, socialmente justa e economicamente viável. Mas em tecnologia de ponta, como é o meu Notebook ThinkPad X200 Tablet, infelizmente, metade dos dispositivos só funcionam perfeitamente com muito suor, e uma boa parte, nem assim.

Infelizmente me dei por vencido… Não ando tendo tempo ou paciência para ficar procurando, pesquisando, fuçando, carregando, instalando, mexendo, alterando, testando para depois desinstalar, pesquisar, fuçar, mexer, alterar, carregar, instalar, testar e no final não conseguir fazer funcionar e me decepcionar.

Tenho muitas coisas que gosto no Software Livre, e quando tinha tempo, adorava essas pesquisas, procuras, estruturações, configurações, descobertas, leituras, escritas, e tudo o mais, mas atualmente não tenho paciência para tudo isso.

Mas não desisti do Software Livre, não… Continuo na batalha do GNU/Linux, mas não vou usar em meu Notebook, pelo menos não diretamente… provavelmente terei uma máquina virtual com meu Debian querido, mas o sistema principal ficará sendo o que deixa todos os dispositivos funcionais e disponíveis para mim.

Acabei por uma escolha funcional e não pelo melhor sistema em minha opinião.

Testar Ubuntu 11.04 no meu ThinkPad X200 Tablet

Descidi testar o Ubuntu 11.04 em meu ThinkPad X200 Tablet… Pelos comentários que já ouvi a respeito, está muito mais esperto para netbooks e para tablets.

Tenho minhas dúvidas. Assim que comprei o X200T, testei algumas versões de Linux (Debian, OpenSuse e Ubuntu 10.10), e nenhuma conseguiu deixar meu X200 realmente tablet… Por isso também, continuei usando o (Blerg!) Windows 7… Se bem que dos Sistemas da M$ o Windows 7 Professional 64bits é o melhor que ela pode oferecer.

Claro que não me atende no que realmente me é importante (velocidade, praticidade para meu uso diário, etc), mas é o que atende aos requisitos que o hardware solicita. Acho extremamente chato ter um hardware que não pode ser usado… Sinto como se eu tivesse desperdiçando meu dinheiro, tendo comprado um equipamento que não uso.

Então acabei de baixar a ISO do Ubuntu 11.04 para instalar no meu Notebook/Tablet… Será que vai me atender??? Será que vou poder deixar de usar Rwindows e voltar a ficar feliz com um GNU/Linux??? Como ficará o uso do meu computador??? Continuarei tendo DualBoot??? Ou será que definitivamente deixarei de usar Linux em meu Notebook/Tablet, devolvendo-o a ter apenas e tão somente o sistema do Tio Bill???

O final dessa história no próximo post…

Saindo da Liderança do Debian-RS… e o software livre?

Muitas pessoas estão achando que eu estou saindo da liderança do Debian-RS por causa do meu novo emprego na ViaFlow, mas não é verdade. Realmente eu fiz alguns treinamentos e estou como especialista em softwares da linha Lotus da IBM, mas é importante ressaltar que a IBM é um dos berços do Software Livre.

A linha de softwares Lotus é toda voltada a multiplataforma, baseado em Java, sendo homologada em Windows (até a versão 2008), RHEL 5.5 e SUSE EL 12. Tem uma versão do cliente Notes completo (incluindo o comunicador instantâneo Sametime e o pacote de escritório Symphony) homologado para Ubuntu 10.04, mas que funciona perfeitamente em Ubuntu 11.04 e Debian Squeeze. Isso mostra o grande respeito que a IBM tem pela liberdade de escolha de sistema operacional.

Infelizmente não tem como a IBM homologar seu software em um sistema operacional que não tenha uma empresa por trás, garantindo suporte e pagando pelos testes de homologação (devido a sua política de homologação), por isso creio que não tenha como homologar o sistema Lotus em Debian, que é o sistema operacional livre mais usado em servidores corporativos de empresas de pequeno e médio portes e do qual a IBM poderia tirar grande vantagem com a homologação.

Mas não pretendo abandonar o software livre. Acredito nesse sistema de desenvolvimento de software colaborativamente, acredito ser a maneira mais justa e mais viável para o desenvolvimento da humanidade como um todo, permitindo acesso à tecnologia por todos que assim desejem. Dediquei mais de 10 anos de minha vida ao Software Livre, e tenho certeza que foram 10 anos extremamente gratificantes.

Mas meus filhos estão crescendo, precisam de minha presença, minha esposa está precisando de um pouco da minha dedicação à ela também. Assim, decidi dedicar mais tempo à minha família, me dedicando ao software livre um pouco menos nos próximos anos. Não se trata de uma despedida, mas um pequeno afastamento por “motivos de força maior”…

Guardo muito carinho por todos que conseguem se dedicar tanto ao software livre como eu gostaria de dedicar meu tempo, mas infelizmente nesse momento de minha vida, preciso me dedicar aos maiores e melhores projetos que tenho (meus filhos).

Agradeço muito o apoio prestado a mim pelos amigos, e tenham certeza que guardo todos em meu coração.

Ainda tentando Twitar meus Posts

Twittar os posts do blog parece uma coisa super legal. O WordPress é uma ferramenta gerenciadora de blogs magnífica, cheia de plugins muito interessantes, entre eles, diversos conectores ao Twitter. Passei um tempo testando vários, e decidi colocar algumas observações aqui:

Iniciei testando o plugin Twitter Tools, que parecia uma ótima escolha. Já está atualizado à nova autenticação oAuth do Twitter e tem uma interface super amigável. No entanto, ia tudo bem até tentar testar a conexão do mesmo: decepção… O plugin causa um erro de curl(), insolúvel até o momento com a versão mais atual do WordPress.

Comecei então a testar outros, não tão completos, mas alguns bem eficientes: o Twitter Connect é uma alternativa para criar um espaço na barra lateral para que seus twits apareçam junto a seu blog. Simples e eficiente, faz aquilo que se propõe. No entanto, a exibição é pobre e preferi usar um plugin oficial do Twitter, em Ajax.

Tanto o Twitter Updater como o Twittaí, esse baseado no anterior, tem uma interface amigável e parecem muito eficientes, no entanto estão ultrapassados desde a alteração da forma de autenticação do Twitter, portanto, não funcionam.

Ainda procuro alternativas. Quem tiver alguma ideia manda um comentário aí…

LTSP5 em Debian Squeeze – Uma solução viável

A nova versão do Debian já está no forno, falta pouco para ser lançada – questão de alguns meses -, e vejo que essa, como as anteriores, será a melhor versão de Debian já lançada.

Pois é, todas as versões de Debian são as melhores já lançadas até seu lançamento, mas essa tem uma questão realmente interessante e muito forte: Velocidade na inicialização da máquina.

Recentemente fui contratado pelo Sindicato dos Bancários para efetuar a instalação e configuração de um sistema LTSP em substituição do existente devido a, entre outras coisas, reduzir drásticamente o tempo de Boot das estações (estavam levando até 3 minutos para inicializar) e alguns problemas com navegador Firefox em um sistema interno.

Bem, realmente a situação era alarmante. Parecia algo bem complicado, mas pensei bem e concluí: por que não? Afinal, conheço bem o sistema, conheço a estrutura do cliente e conheço os limites onde posso levar minhas exigências de carta branca…

Pois peguei o servço e decidi usar o Debian Squeeze, mesmo estando na fase testing, para ver o que daria em um ambiente de testes. Como era para testes preliminares, achei que poderia dar muitos problemas de estabilidade, mas me espantei ao ver como o Squeeze já está estável. E mais, rápido demais.

Nesse teste simples, tirando a questão de virtualização do meio, com Squeeze (o que não é o mais recomendado – usar um S.O. beta para um projeto de tamanha importância), reduziu-se o tempo de Boot das estações a, pasmem, 1 minuto e meio (isso mesmo, quase pela metade do que eles tem em produção), com uma performance de audio e vídeo excelentes.

Depois passei para a fase seguinte: Instalar dentro da virtualização para verificar se o ambiente continua estável, firme e ágil. Tendo isso testado e aprovado, acho que posso deixar a versão Squeeze já em produção (por minha conta e risco, pois sendo um sistema em desenvolvimento, extendi o suporte até 2 meses após o lançamento do Debian Squeeze).

O ambiente mostrou pouquíssima perda de performance. O Boot das estações ficou em pouco mais de 1 minuto e 40 segundos, o que é um tempo razoável perto do que eles tinham, e o tempo de logon não passou dos 30 segundos, ficando um pouco mais rápido que o sistema que eles usam atualmente.

No entanto, nem tudo são flores. O subsistema de utilização de pen-drives e CD-ROM remotos das estações apresenta um pequeno bug, já relatado e bem documentado, e não pude colocar o sistema em produção devido a isso.

No entanto, o sistema está rodando em paralelo ao sistema antigo, atualmente com 4 beta-testers (4 estações tirando proveito das melhorias, mesmo perdendo o uso dos pen-drives) e estou aguardando a correção do bug para atualizar o sistema e definitivamente colocá-lo em produção.

Em suma, o sistema Debian Squeeze já está um ótimo sistema para uso em estações de trabalho (meu computador de casa e meu notebook utilizam-no) e até em alguns servidores de menor complexidade e importância. Agora só faltam algumas correções e BUM, teremos a melhor versão de Debian de todos os tempos!